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As vacinas Covid-19 são seguras?

Nunca uma vacina foi desenvolvida tão rapidamente e sujeita a um escrutínio tão elevado. Saiba como se garante que as vacinas Covid-19 são seguras e porque não precisa de ter receio.

11 Mai, 2021
4 min de leitura

Em menos de um ano, a comunidade científica conseguiu desenvolver vacinas que revelaram um elevado grau de eficácia contra a Covid-19. A rapidez do processo – que, numa situação normal, pode demorar mais de 10 anos – suscitou alívio mas, ao mesmo tempo, alguma apreensão junto da população sobre a segurança das mesmas. No entanto, é importante sublinhar que, apesar de as vacinas terem sido desenvolvidas em tempo recorde, nenhuma das etapas do processo normal de criação de uma vacina foi eliminada ou reduzida: as vacinas Covid-19 são consideradas seguras, de acordo com os vários parâmetros existentes.

Na verdade, para receberem a validação da Organização Mundial de Saúde, da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla inglesa) e dos reguladores nacionais, as vacinas Covid-19 tiveram de passar por rigorosos testes em todas as fases previstas de ensaios clínicos, com o objetivo de garantir que cumprem com os elevados padrões de segurança, qualidade e eficácia.

 

Nestes ensaios participaram dezenas de milhares de voluntários que foram vacinados. Estas pessoas foram rigorosamente monitorizadas ao longo do tempo, não só para avaliar a eficácia da vacina, mas também para detetar possíveis reações adversas após a sua toma. Conforme sublinha a Direção-Geral da Saúde, durante este processo não foi observada “uma frequência ou gravidade destes efeitos que coloque em causa a segurança das vacinas”.

 

Atualmente, na sequência da avaliação da EMA, existem quatro vacinas Covid-19 autorizadas para serem administradas na população europeia:
⦁  Pfizer-BioNTech
⦁  Moderna
⦁  AstraZeneca
⦁  Janssen (Johnson&Johnson)

Sentiu efeitos secundários com a vacina?

 

É importante sublinhar que, mesmo garantindo que as vacinas Covid-19 são seguras, nenhum medicamento está isento de reações adversas. No caso das vacinas Covid-19, a maioria das reações detetadas foram ligeiras e de curta duração. Entre os efeitos secundários relatados nos ensaios clínicos encontram-se os seguintes: dor e inchaço no local de injeção, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, dor nas articulações ou febre. Certos sintomas, como febre, são até um sinal de que a vacina está a fazer efeito e o sistema imunitário está a reagir como previsto. Por norma, estes efeitos desaparecem ao fim de 24 a 48 horas.

 

Como em qualquer medicamento, podem ainda ocorrer outros efeitos adversos mais raros, que só são detetáveis quando uma vacina é administrada em larga escala, a milhões de pessoas. As autoridades reguladoras dos medicamentos (no caso português, o INFARMED) estão atentas e, caso sejam notificados alguns efeitos indesejáveis suspeitos, estes são cuidadosamente avaliados, sendo tomadas todas as medidas necessárias para proteger os cidadãos.

 

Ainda recentemente, a Direção-Geral da Saúde e o INFARMED recomendaram a interrupção temporária da administração da vacina da AstraZeneca, por terem surgido alguns casos de reações adversas graves reportados em vários países europeus, após a administração desta vacina. A situação foi entretanto avaliada pela Agência Europeia de Medicamentos, que confirmou a segurança e eficácia da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19. Com esta avaliação da EMA, Portugal retomou a administração da vacina da AstraZeneca. O exemplo mostra como as autoridades competentes estão vigilantes e não hesitam em tomar as medidas necessárias para garantir a segurança da população.